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MASTERCLASS DE CANTO: INTERPRETAÇÃO E GESTUALIDADE VOCAL

O trabalho se propõe como um espaço para o levantamento de provocações acerca da interpretação do canto na canção popular. Os participantes serão divididos em dois grupos, um de cantantes e outro de ouvintes. Cada uma das pessoas pertencentes ao grupo de cantantes cantará uma canção de livre escolha diante de todos os presentes. O grupo, por sua vez, tentará tecer uma análise crítica de cada performance vocal, discutindo sobre aspectos técnicos e poéticos presentes na forma como cada pessoa constrói sua interpretação. O exercício pretende identificar e estabelecer critérios para a construção de uma análise fundamentada em parâmetros técnicos e objetivos, importante tanto para o desenvolvimento de uma percepção crítica a respeito da performance vocal de outros cantores quanto para a percepção de nossas próprias escolhas vocais e interpretativas, muitas vezes feitas de modo inconsciente em nossos processos de criação.

 

Público-alvo: cantores e estudantes de canto.

CANTO-PERFORMANCE:

LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO CÊNICA PARA CANTORES

Além de se propor como um trabalho de expressão corporal para cantores, o curso visa promover a experiência de uma prática laboratorial cênica, corporal e vocal para cantor, priorizando a experimentação como um caminho à construção da performance cantada. A partir de um olhar sobre o movimento, buscaremos reconhecer e potencializar as conexões entre corpo e voz, visando ampliar nossas possibilidades interpretativas para o canto. Abrindo-nos aos sentidos e imagens presentes na canção, passaremos a investigar as pulsões e sensações que, despertadas por uma prática corporal e vocal integrada, irão estruturar nossas diferentes qualidades de presença e o gesto interpretativo cênico-vocal de cada canção. Tal processo pretende se configurar não apenas como um trabalho sobre a performance em si, mas como uma provocação à ampliação dos horizontes técnicos, poéticos e estéticos do cantor.

 

Público-alvo: cantores e estudantes de canto.

INTERSECÇÕES POÉTICAS

ENTRE O MOVIMENTO E A VOZ

A oficina pretende reconhecer, problematizar e exercitar algumas possibilidades de intersecção entre o movimento e a voz – mais especificamente entre a dança e o canto – na criação artística. A partir de um estudo sobre as conexões entre corpo e voz, buscaremos permitir que o movimento e a voz se afetem continuamente para a criação, afetando por sua vez todo um sistema de imagens, sentidos e percepções em um fluxo que segue se retroalimentando. Transitando entre momentos cujo foco está no movimento ou na voz, sem que no entanto se interrompa o fluxo criativo que guia essas duas instâncias, buscaremos experimentar desenvolver tanto uma pesquisa de voz a partir dos estímulos e interferências do movimento sobre a fonação quanto uma pesquisa de movimento a partir dos estímulos sensoriais e pulsionais da voz. Buscaremos ainda problematizar as fronteiras que definem a voz como fala, canto ou som. Partindo do pressuposto de que a voz é também um movimento sonorizado, buscaremos por fim experimentar incluí-la como parte integrante da composição coreográfica.

 

Público-alvo: atores, bailarinos, cantores, performers e estudantes de artes em geral.

POR UMA EXPERIMENTAÇÃO INDISCIPLINAR

DO ARTISTA DA CENA

Reconhecendo a experimentação como um caminho possível ao desenvolvimento técnico-póetico do artista performático e à criação, a oficina pretende gerar diversas provocações que nos levem à experiência de uma prática artística desterritorializada, menos disciplinar e menos fragmentada quanto às linguagens artísticas específicas. Investigando as conexões entre corpo e voz, voz e movimento, buscaremos nos experimentar enquanto corporeidades, ou seja, enquanto sujeitos não dualistas, mas paradoxais, livres de dicotomias e hierarquizações entre razão e emoção; entre corpo, mente e espírito; entre pulsão, motricidade e sensação. Sem hierarquias, essas ordens se entrecruzam para a criação/experimentação artística, e no campo de sua materialidade, voz e corpo se afetam continuamente, afetando, por sua vez, todo um sistema de imagens, sentidos e percepções em um fluxo que segue se retroalimentando. Sob esta perspectiva, já não será mais a linguagem a determinar a corporeidade, mas a corporeidade a produzir uma nova linguagem, específica a cada sujeito, a cada coletivo e a cada processo de criação/contaminação.

 

Público-alvo: atores, bailarinos, cantores, performers e estudantes de artes em geral.

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